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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

We are back !

Estamos de volta ! É a mensagem que hoje enviamos , como País , aos mercado financeiros globais que , atraves de um sindicato de bancos internacionais , subscreveram 2,5 mil milhões de Euros de Obrigações do Estado Portugues ( titulos de dívida ) que se vencem no prazo de 5 anos ( com procura para 4 vezes mais) e c/ juros inferiores a 5% .
Para avaliarmos a importancia do acontecimento temos de recordar que foi a extrema dificuldade de acesso aqueles mesmos mercados ( traduzida na indisponibilidade para novos emprestimos ao Estado Portugues)  que conduziu o Governo do Engº Socrates,  em Abril de 2011,  a pedir , formalmente , o resgate financeiro do nosso Pais .
Nessa altura , já os banco portugueses se recusavam a adquirir mais divida do Estado , depois de durante meses o terem feito ate á custa da segurança das suas contas e com evidente prejuizo do financiamento ao sector privado e produtivo .
Nesse mês de Abril de 2011 a perspectiva era de um "default" ( suspensão de pagamentos do Estado) em Maio ou Junho que poderia atingir qualquer das  responsabilidades ( salarios , pensões etc) ou compromissos financeiros do Estado Português.
Foi então negociado com a Troika ( UE, BCE e FMI ) um Acordo que permitiu a Portugal receber um conjunto de financiamentos das Instituições Europeias e do FMI mediante o cumprimento de um conjunto de condições e de reformas que essas Instituições julgaram imprescindiveis ao regresso do País á normalidade financeira .
E foi apontado o mês de Setembro de 2013 como data de referencia para que, recuperada a confiança dos mercados, conseguissemos novos financiamento internacionais de longo prazo .
Estes novos financiamento internacionais, que hoje conseguimos, significam, portanto , que ( com 8 meses de antecedencia relativamente ao previsto) deixamos de precisar dos recursos da Troika para financiar as necessidades de tesouraria do Estado portugues . É como se recuperassemos a nossa independencia financeira .Nem mais nem menos .
Claro que nada está definitivamente consolidado ( é uma primeira grande vitória nesta guerra ) e que é evidente que não poderemos desmobilizar tão depressa o arsenal de austeridade que nos trouxe até este ponto.
 Mas não haja duvidas que o dia de hoje foi um teste , em tempo real e ao vivo , da seriedade e rigor do nosso processo de ajustamento , tendo por "examinadores" , precisamente, aqueles de quem depende o nosso futuro financeiro - os mercados internacionais.

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