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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Deixem voar a TAP !

Amanhã o Conselho de Ministros irá pronunciar- se sobre a venda da TAP a um investidor estrangeiro .
A discussão pública sobre o assunto revelou , mais uma vez , as diferenças analíticas e de capacidade de decisão entre os diversos interessados e entre as diversas forças políticas .
 Nestes ultimos dias os ataques á operação raiaram o histerismo e a baixa intriga . Alguns argumentos dos opositores da operação , designadamente o de " falta de transparencia " devido a conversas envolvendo o Ministro Relvas e José Dirceu, são ( como disse o comprador , Germain Efraimovich ) ridículas e infantis .
Concordo .
Desde logo porque o caso TAP precisava mesmo de uma solução . Não de conversa fiada em que se esgrimem argumentos mais ou menos consistentes .
Uma solução que contribuisse para libertar a TAP da asfixia financeira de um passivo enorme e lhe restituisse  capacidade de investimento em novos aviões. Não de mais adiamentos e de especulação sobre hipoteses de investimento público na empresa que as regras de concorrencia vigentes na U E proibem.
Já é tempo de que no nosso País se discutam os problemas na perspectiva das soluções possíveis e não com base em situações hipoteticas que nada têm a ver com as situações reais e concretas . É um defeito particularmente grave quando se abordam questões como a do futuro da TAP.
Efectivamente, a TAP é uma Companhia aérea sujeita a forte concorrencia internacional onde cada dia que passa com a actual indefinição estrategica custa muito caro e compromete o seu futuro.
Dadas as dificuldades financeiras  da Companhia e os requisitos do caderno de encargos da venda foram poucos os que se candidataram á sua compra e apenas um que concorreu´na ponta final. Não admira e não é necessariamente mau.
O principal objectivo desta venda nunca foi o  de maximizar o encaixe financeiro para o Estado Portugues mas sim a salvaguarda do futuro da própria TAP e do seu interesse estratégico para Portugal. Neste particular importava assegurar a presença da TAP nas actuais rotas internacionais e , se possivel, amplia-las .
Só um investidor europeu, com reconhecida capacidade financeira e não concorrente  da TAP ou do seu" Hub" podia ter hipotese de cumprir o caderno de encargos da venda / privatização e de interessar como futuro parceiro da Companhia .
Germain Efraimovich foi quem se "chegou á frente" disposto a assumir respnsabilidades e desafios . Desejemos-lhe sorte neste imprtante e aliciante projecto .

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