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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Todos no mesmo barco !

Um interessante estudo do Expresso do ultimo fim de semana intitulado " Famílias 23 mil milhões de € mais pobres ", veio chamar a atenção para uma realidade que deve estar presente quando se fala nas consequencias pessoais da crise que estamos a viver .
Os rendimentos do trabalho têm vindo a baixar em função do desemprego ( substituído em muitos casos por um menor subsídio ), da aceitação de empregos pior remunerados do que o anterior , dos cortes de subsídios dos reformados e dos Funcionários Públicos , do aumento da fiscalidade sobre  os rendimentos .
O aumento da fiscalidade tem tido efeitos em todas a classes de rendimento seja de trabalho , seja de capitais , seja em IRS em IRC ou no IVA e outros impostos sobre o consumo .
Todos temos consciencia desse aumento devastador da fiscalidade, indispensável ao cumprimento do Programa de Ajustamento do defice público ( receitas e despesas do Estado)  e do defice externo (importações e exportações).
O que não é evidente para a maioria da população que sofre estas quebras de rendimento é que também os detentores de capitais ( de riqueza )estão a encaixar uma severa redução dos seus patrimónios , na maioria dos casos resultado de uma poupança de muitos anos.
Como demonstra o estudo do Expresso , baseado em números do Banco de Portugal ,  quer o património financeiro ( acções , unidades de participação , depósitos , seguros - 43% da riqueza ) quer o património imobiliario ( 50% da riqueza ) têm sofrido uma forte redução que perfazem o impressionante valor de 16,6 mil milhões de € no ano de 2011 . Esta tendencia continuou em 2012, estimando o jornal perdas adicionais de 7,7 mil milhões num total de 24 mil milhões!!
Se nos lembrarmos que um subsídio de férias ou de natal a menos representa cerca de mil milhões podemos ter uma escala da destruição da riqueza no nosso País e das consequencias que esse facto provoca nas famílias - insegurança , problemas financeiros e com Bancos, insatisfação, desespero .
Não são portanto apenas os rendimentos do trabalho e outros tipos de rendimento que sofrem com esta crise . Tanto ou mais do que esses , os detentores de riqueza, os aforradores - quem preferiu poupar e investir em vez de gastar - também sofrem na carne as consequencias da crise ao verem desvalorizar o que é seu , ou pensavam que era ...

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