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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Apologia da Sensatez

Ao ler na comunicação social, as declarações dos nossos agentes políticos dou comigo, com crescente frequencia, a pensar se a crise que temos não será, sobretudo, uma crise de ( falta ) de sensatez.
Desde logo pela recusa em aprender com os erros do passado e em reconhecer que o País tem efectivamente que mudar de políticas e de estratégia se quer sair das enormes dificuldades em que se encontra .
Não foi assim há tanto tempo, cerca de ano e meio, que nos vimos forçados a pedir um resgate para evitarmos a bancarrota .Quem o pediu foi o Governo da altura liderado pelo então PM José Socrates sob pressão dos mercados financeiros e do ministro das Finanças , Teixeira dos Santos , alguem sensato no meio da esquizofrenia generalizada dos ultimos tempos do Governo PS em que saltitavamos dos mega projectos para a falencia iminente  em poucas horas ...
Fizeram-se, em seguida,  eleições gerais e foi empossado um Governo de coligação que tem um mandato para cumprir até 2015 ! Será sensato falar já em eleições ( antecipadas ) e em "ilegitimidade" deste Governo ? Francamente não ! Ainda que discordemos de algumas personalidades que o compoem e das prioridades que foram definidas .
Chegámos agora ao momento em que , num arranque de sensatez, o Governo reconheceu aquilo que personalidades como H. Medina Carreira vêm defendendo há vários anos :- Que a recuperação da sustentabilidade das Finanças Públicas em Portugal , depende de um novo paradigma de Estado Social.
Que novo paradigma é esse ? Seria errado pensar que tudo se resume a cortes no investimento público que é feito no Sector Social . Não se trata de fazer mais do mesmo que tem sido feito- cortes nos rendimentos dos Fncionários e pensionistas . Trata-se sim de encontrar novas formas de funcionamento que permitam economizar nos meios para não cortar , tanto quanto possivel , nos benefícios . Por exemplo o cheque ensino ou o seguro de saúde, comparticipados progressivamente pelo Estado, de acordo com os rendimentos de cada um, com liberdade de escolha da escola ou do estabelecimento hospitalar .
A sensatez obriga a que ninguem se auto exclua deste debate e muito menos os Partidos que são quem , em primeira mão, tem a responsabilidade pelas opções governativas de agora e do futuro .
 A não ser que , sem nos dizerem , já tenham suspendido a democracia .

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