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sábado, 25 de agosto de 2012

A Coelheira do Regime

Vai por aí grande agitação com o simples anuncio da possibilidade de concessionar a RTP a uma entidade privada.
Pela intensidade das reacções pode ter-se uma primeira ideia da dimensão da "coelheira".
Na linguagem empresarial "coelheira" é um conjunto de pessoas reunidas numa divisão, secção, departamento, ou afim, cuja utilidade para a empresa está na razão inversa da que tem para os próprios. Por isso, nas empresas, é tarefa prioritária da Gestão identificar e desarticular essas unidades onde todos protegem e auto justificam a sua pouca utilidade.
Numa empresa como a RTP (convem não esquecer que estamos a falar de uma empresa que actua no mercado em regime de concorrencia!?), dadas as especificidades e a importancia política do seu produto ou "produção", o crescimento dos "coelhos" (e consequentemente da "coelheira") é muito facilitado . E muito bem pago !
É que todos os Governos, até agora, tiveram a preocupação de povoar a empresa com os seus "coelhos" de confiança pessoal. Para servirem no momento certo, em vários departamentos e prateleiras. Como vamos no XVIII Governo Constitucional, pode imaginar-se as gerações de "roedores" que se foram instalando.
Á custa de quem?
Pois é aí que "a porca torce o rabo".
Só nos ultimos dez anos (2003 a 2012) foram 3 770 mil milhões de euros de recursos extra mercado que foram entregues "de mão beijada" á RTP entre "indemnizações compensatórias", dotações de capital", "contribuição audiovisual " etc. etc.
Nomes estranhos mas que significam a mesma coisa : - apoios do Estado á RTP para pagar um pseudo "serviço público" de que muito pouca gente se apercebe  e que não resiste a uma analise de custo/benefício mínimamente séria .
Acontece que estes mais de 370 milhões anuais de apoio público ao longo de 10 anos  não podem continuar na situação de restrição financeira em que vivemos pelo que não há outra solução senão acabar com a "coelheira".
Por mais que os roedores se mexam e remexam e invoquem a Constituição é tempo de chamar os "caçadores", ainda que ironicamente tenham de apelido Coelho.


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