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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Massacre ao Pôr do Sol ? (em Belem)

É hoje que reúne ao final da tarde, em Belém, o Conselho de Estado para aconselhar o PR sobre o caminho a seguir relativamente à condução do processo de ajustamento económico e financeiro em curso, acordado entre o Governo de Portugal e a chamada "Troika".
Lá estará, convidado,  o Ministro das Finanças que em 30 min tentará o impossível,  ou seja , convencer quem não quer ouvir, muito menos alterar as suas ideias .
O Ministro esforçar-se-á por demonstrar a gravidade da situação, o muito que resta fazer, e a necessidade de continuar a merecer a confiança de quem manda na UE para que Portugal possa continuar nesta "família" do Euro - uma família muito exigente ! Dirá que o "Santo Graal" será Portugal conseguir voltar a merecer a confiança dos mercados já dentro de um ano e, nessa data, voltar a poder emitir dívida a longo prazo, a preços razoáveis, para substituir (rodar) um grande financiamento que se vence nessa data.
O Ministro terá a apoiá-lo alguns Conselheiros mas a maioria estará a pensar noutras "saídas" para a crise. "Saídas" do tipo: Vamos "bater o pé à Troika" e renegociar as dívidas (como os Gregos até há pouco tempo); ou  vamos "lançar a confusão" tentando juntar os devedores contra os credores (e dividir a UE); ou "eu não sei se há outra solução mas não quero que cortem mais no MEU ordenado ou na MINHA pensão" ( cortem nos outros !).
Chegados aqui haverá que tentar encontrar compromissos e estes, em democracia, são inevitáveis. Em democracia não há massacres! O "mal" terá de ser repartido por forma a não haver nem vencedores nem vencidos. A TSU será amenizada, o IRC e o IRS serão agravados, haverá mais despedimentos (por acordo) de funcionarios públicos, mais despedimentos no sector privado (do que haveria se fosse reduzida a TSU das empresas), maiores penalizações das PPPs, etc. etc.  
É assim mesmo o funcionamento da democracia - "o pior sistema de organização política á excepção de TODOS os outros".
 E fora do Palácio de Belem gritar-se-á pela utopia.

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