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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Crise á vista

Os Portugueses têm razão para estar ainda mais preocupados . Além de todas as medidas de austeridade que têm vindo a suportar , a perspectiva de uma crise política ( fim da coligação governamental ) é uma possibilidade muito real após as posições do CDS anunciadas esta tarde (16/7) pelo seu Presidente e por outros responsáves.  E poderá ser o primeiro passo para uma crise mais profunda que desembocará em novas eleições com o provãvel regresso do PS ao poder .
Em breve teremos os reflexos desta nova situação quer nos mercados financeiros, com aumento dos premios de risco e de taxas de juro,  quer nas Instancia Internacionais que não poderão deixar de verberar esta inacreditavel evolução, fazendo-nos perder, rapidamente, o capital de credito acumulado nos ultimos tempos .
O pedido público do CDS para o Governo recuar substancialmente na " questão da TSU " é , na prática, um tiro na coligação já que, nesta fase, o Governo já não tem margem para recuar . Fazê-lo implicaria pôr em causa a 5ª avaliação e pedir uma nova ronda negocial .
FMI , BCE e UE apreciam pouco estes " joguinhos " políticos e voltar já a Portugal não estava , certamente , nos seus planos . Em consequencia, a entrega da 6ª tranche de 4 300 000 000 € poderá ter de ser adiada  colocando Portugal , de novo , na rota da insolvencia donde foi retirado com tanto sacrifício há ano e meio .
Por muito que se tema " a rua " e a opinião publicada, a propósito da TSU, o CDS corre sérios riscos de ser prejudicado já que o eleitorado nacional não deixará, afinal,  de penalizar fortemente quem agravou a crise e retardou a sua solução com os custos sociais e financeiros que se adivinham .

3 comentários:

  1. já era previsível, o povo revolta-se com o que tem à frente. não sabe com o que mais, e a maior parte nem sabe do que fala.

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  2. sogrinho, leio sempre e com muita atenção!

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